Quando um amigo está passando por um momento difícil, é comum a gente querer ajudar. Paramos o que estamos fazendo para oferecer apoio, acolhimento, conselhos, ou até ajuda prática. Mas, quando a dificuldade é nossa, o que normalmente daríamos como um bom conselho para alguém vira cobrança e pressão em nós mesmos.

Pense em como você se sente quando descobre que alguém próximo está com problemas. Provavelmente, você se dispõe a ouvir, a dar apoio, e a incentivar essa pessoa, lembrando do quanto ela é capaz. Mas quando a situação é “de porta pra dentro”, ou seja, é com você, raramente oferecemos a mesma gentileza e atenção para nós mesmos.

É mais fácil aceitar e entender as falhas dos outros do que as nossas. Em vez de nos acolher e cuidar do nosso bem-estar, costumamos criticar nossos próprios erros com pensamentos como “eu devia ter feito melhor”, “não vai dar certo” ou “não consigo”. Mostrar para os outros suas qualidades parece fácil, mas, na hora de olhar para as nossas e lembrar do nosso valor, fica mais complicado.

Quando a dor e a angústia aparecem, não dá para ignorá-las. Elas precisam de atenção e de um pouco de autocuidado – como um “primeiro socorro” que ajuda a entender o que estamos sentindo, a digerir aos poucos e a organizar o próximo passo. Começar esse caminho de acolhimento pessoal é algo que vai tomando tempo e prática, mas que ajuda a fortalecer nosso equilíbrio emocional e a construir um bem-estar pessoal mais estável.

Acredite: é possível estar com você mesmo de forma confortável e acolhedora.

E se em algum momento sentir que precisa de ajuda para dar esses passos, um profissional de psicologia pode te apoiar nessa caminhada.